O estudo ontem apresentado no Conselho Nacional de Educação, para além de permitir sublinhar a necessidade de ajustamento no desenho curricular e reforçar a importância da qualidade do trabalho em sala de aula, espaço onde tudo se joga, sugere duas direcções que me parecem fundamentais.
A primeira, já enunciada pela Ministra da Educação é a definição de metas para cada ano de escolaridade. Ter estas metas definidas e montar os respectivos e adequados dispositivos de avaliação é a melhor forma de perceber os trajectos de aprendizagem das crianças e intervir em tempo oportuno quando alguma coisa começa a não correr bem.
A segunda é, mais uma vez, sublinhar que a retenção não é a base da qualidade. Somos um dos países com mais elevada taxa de retenção e com piores resultados nas aprendizagens. De facto, se tivermos metas definidas para cada ano e se se verificar a existência de dificuldades com alguns alunos é mais fácil e mais eficaz, desde que existam os necessários recursos, montar os mecanismos de apoio que ajudem alunos e professores a superar dificuldades do que mantê-los no mesmo ano esperando que a simples repetição seja a base do sucesso. Tenho defendido muitas vezes esta posição, mais chumbos não melhoram a qualidade e o próprio CNE ainda sob a direcção do Professor Júlio Pedrosa tinha tomado a mesma posição desencadeando na altura a costumeira e ignorante reacção referindo o famigerado “facilitismo” e a defesa de mais exames. Como sempre digo, medir muitas vezes a febre não faz a febre baixar.
Para além destas duas dimensões que me parecem fundamentais, creio, como sugere o próprio estudo comparativo, ser de considerar que os primeiros seis anos de escolaridade integrassem um único ciclo e que fosse reestruturado o currículo nessa base, considerando, menos áreas “disciplinares” (evitando o excesso do actual 2º ciclo) e em vez de muitos professores, um para cada “disciplina”, recorrer mais vezes a dois professores em simultâneo na sala de aula. As experiências e os estudos sustentam a bondade destas medidas.
Esperemos para ver.
A primeira, já enunciada pela Ministra da Educação é a definição de metas para cada ano de escolaridade. Ter estas metas definidas e montar os respectivos e adequados dispositivos de avaliação é a melhor forma de perceber os trajectos de aprendizagem das crianças e intervir em tempo oportuno quando alguma coisa começa a não correr bem.
A segunda é, mais uma vez, sublinhar que a retenção não é a base da qualidade. Somos um dos países com mais elevada taxa de retenção e com piores resultados nas aprendizagens. De facto, se tivermos metas definidas para cada ano e se se verificar a existência de dificuldades com alguns alunos é mais fácil e mais eficaz, desde que existam os necessários recursos, montar os mecanismos de apoio que ajudem alunos e professores a superar dificuldades do que mantê-los no mesmo ano esperando que a simples repetição seja a base do sucesso. Tenho defendido muitas vezes esta posição, mais chumbos não melhoram a qualidade e o próprio CNE ainda sob a direcção do Professor Júlio Pedrosa tinha tomado a mesma posição desencadeando na altura a costumeira e ignorante reacção referindo o famigerado “facilitismo” e a defesa de mais exames. Como sempre digo, medir muitas vezes a febre não faz a febre baixar.
Para além destas duas dimensões que me parecem fundamentais, creio, como sugere o próprio estudo comparativo, ser de considerar que os primeiros seis anos de escolaridade integrassem um único ciclo e que fosse reestruturado o currículo nessa base, considerando, menos áreas “disciplinares” (evitando o excesso do actual 2º ciclo) e em vez de muitos professores, um para cada “disciplina”, recorrer mais vezes a dois professores em simultâneo na sala de aula. As experiências e os estudos sustentam a bondade destas medidas.
Esperemos para ver.
2 comentários:
Queria salientar esta parte do teu texto:
"desde que existam os necessários recursos, montar os mecanismos de apoio que ajudem alunos e professores a superar dificuldades"
Estou à espera disso (mas de coisas a sério!) há 22 anos! Entretanto, sem avaliarem mais nada e sem me darem mais e melhores condições... já querem que eu seja "excelente"! E vão penalizar-me porque, de repente, descobriram que não sou um santo milagreiro! Nem os outros 150 mil professores do país!
Nas comparações internacionais quase sempre a parte que retiraste do meu texto (apoios a alunos e professores) é esquecida. A questão dos apoios educativos em Portugal é um caso de polícia.
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