O Público de hoje apresenta um trabalho interessante sobre a influência dos mais pequenos nas decisões de compra das famílias. Já tenho referido aqui no Atenta Inquietude este aspecto a que, por vezes, os pais não estão suficientemente atentos, mas que não passa despercebido aos especialistas em marketing.
De acordo com os estudos, as crianças até aos 7 anos influenciam 70% das decisões de compra da família, mesmo quando se trata de produtos que não lhes são directamente dirigidos. A notícia não refere mas esta influência mantém-se ao longo da infância e juventude.
Muitos pais acreditam ser imunes a esta “pressão” e não assumem essa influência que, no entanto, é comprovada. Em períodos como o que atravessamos, submersos em espírito natalício, este efeito é potenciado no âmbito das compras de Natal. Já tenho promovido de forma informal e com gente mais pequena o exercício de registar durante um período de tempo quanta publicidade lhes é dirigida ou procura envolvê-los na decisão dos pais. Quase sempre ficam admirados com a quantidade registada.
No quadro de valores que de mansinho se instalou, “és o que tens” os miúdos, através de eficazes estratégias de marketing, são bombardeados com ofertas sobre o que “todos têm” pelo que todos querem ter para poder ser, porque, como disse, “não tens não és”. Por outro lado, os pais, muitos pais, devido aos estilos de vida sentem-se desconfortáveis na relação com os filhos e são vulneráveis a esta “pressão” dos miúdos assumindo com dificuldade o Não, aspecto que também aqui tenho referido.
Neste quadro, se por um lado a educação escolar, no âmbito da formação alargada, pode incorporar reflexão sobre consumo e comportamentos, o programa Mediasmart é um exemplo, é fundamental que os pais se sintam à vontade e com firmeza para contrariar o que muitas vezes não passa de uma estratégia de consumo habilmente promovida por campanhas de marketing cuja regulação ética é ligeira, para ser simpático. Neste sentido os pais devem sentir que um Não que pode desencadear uma birra poupará no futuro várias outras birras e alguns outros dissabores. Aliás, os miúdos embora não gostem, como provavelmente qualquer de nós, PRECISAM DO NÃO.
De acordo com os estudos, as crianças até aos 7 anos influenciam 70% das decisões de compra da família, mesmo quando se trata de produtos que não lhes são directamente dirigidos. A notícia não refere mas esta influência mantém-se ao longo da infância e juventude.
Muitos pais acreditam ser imunes a esta “pressão” e não assumem essa influência que, no entanto, é comprovada. Em períodos como o que atravessamos, submersos em espírito natalício, este efeito é potenciado no âmbito das compras de Natal. Já tenho promovido de forma informal e com gente mais pequena o exercício de registar durante um período de tempo quanta publicidade lhes é dirigida ou procura envolvê-los na decisão dos pais. Quase sempre ficam admirados com a quantidade registada.
No quadro de valores que de mansinho se instalou, “és o que tens” os miúdos, através de eficazes estratégias de marketing, são bombardeados com ofertas sobre o que “todos têm” pelo que todos querem ter para poder ser, porque, como disse, “não tens não és”. Por outro lado, os pais, muitos pais, devido aos estilos de vida sentem-se desconfortáveis na relação com os filhos e são vulneráveis a esta “pressão” dos miúdos assumindo com dificuldade o Não, aspecto que também aqui tenho referido.
Neste quadro, se por um lado a educação escolar, no âmbito da formação alargada, pode incorporar reflexão sobre consumo e comportamentos, o programa Mediasmart é um exemplo, é fundamental que os pais se sintam à vontade e com firmeza para contrariar o que muitas vezes não passa de uma estratégia de consumo habilmente promovida por campanhas de marketing cuja regulação ética é ligeira, para ser simpático. Neste sentido os pais devem sentir que um Não que pode desencadear uma birra poupará no futuro várias outras birras e alguns outros dissabores. Aliás, os miúdos embora não gostem, como provavelmente qualquer de nós, PRECISAM DO NÃO.
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