sábado, 12 de dezembro de 2009

PARA OS POBRES A MORTE CHEGA MAIS CEDO

Um estudo realizado em Portugal, divulgado no DN, veio mostrar a relação entre o nível de vida e a longevidade. O estudo conclui que as pessoas com maiores recursos vivem, em média, mais dez anos que a população de menores recursos. Não é um resultado surpreendente, como é óbvio, a esperança de vida nos países mais desenvolvidos é superior à verificada nos países mais pobres. Parece também de sublinhar que a questão de melhor nível de vida se liga não só a recursos económicos mas, sobretudo, a recursos educacionais, nível de informação, acessibilidade a apoios, etc.
Este cenário sublinha duas questões que parecem fundamentais e que nem sempre parecem suficientemente valorizadas. Em primeiro lugar há que considerar a importância decisiva que em todas as dimensões da vida das pessoas assumem a qualificação e a informação. Melhores níveis de formação promovem melhor qualidade nos estilos de vida.
Em segundo lugar, quando tanto se fala no estado social, nos limites desse estado, a privatização de serviços, por exemplo na educação e na saúde, é fundamental perceber e entender que a comunidade tem sempre a responsabilidade ética de garantir a acessibilidade de toda a gente aos cuidados básicos de saúde e educação. Os tempos ultra liberais e de contestação ao estado social não parecem favoráveis, veja-se a dificuldade que Obama tem em fazer passar o alargamento do acesso a cuidados de saúde por parte de milhões de americanos excluídos do acesso à saúde por insuficiência de recursos.

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