Acho sempre muito interessantes e pertinentes as considerações do Professor Marçal Grilo sobre o nosso sistema educativo. Tenho respeito pela figura e, com alguma frequência, concordo com as suas ideias. No entanto, fico sempre com uma sensação um pouco estranha, o Professor Marçal Grilo foi Ministro da Educação do XIII Governo entre 1995 e 1999, ou seja, teve um papel de protagonista na definição das políticas educativas que temos vindo a “sofrer”. Com as suas tomadas de posição, frequentemente importantes e oportunas, junta-se àquele vasto leque de políticos que, depois de saírem das pastas que ocuparam, sabem sempre o que deve ser feito. A nós resta-nos perguntar, então porque não fizeram?
Posto isto, também desta vez me parece importante sublinhar as afirmações do Professor Marçal Grilo quando defende, "menos Ministério e mais escola, menos sindicato e mais professores". Provavelmente, não será muito popular o que vou dizer, mas como já aqui tenho afirmado, na actual conjuntura e pese o fundamental papel das estruturas sindicais, o Ministério da Educação, a actual equipa, e muitos dos discursos e posições dos sindicatos são parte significativa do problema pelo que, dificilmente, serão parte da solução.
A grande questão é que a incontornável instrumentalização política de uma área tão apetecida como a educação, leva a que ME e sindicatos não estejam disponíveis para recolocar a educação no espaço e contexto de onde ela não pode, não deve, sair, ou seja da escola, portanto de alunos, professores e famílias o que obrigaria a uma profunda reflexão e, provável, alteração do papel do ME e das organizações sindicais.
Posto isto, também desta vez me parece importante sublinhar as afirmações do Professor Marçal Grilo quando defende, "menos Ministério e mais escola, menos sindicato e mais professores". Provavelmente, não será muito popular o que vou dizer, mas como já aqui tenho afirmado, na actual conjuntura e pese o fundamental papel das estruturas sindicais, o Ministério da Educação, a actual equipa, e muitos dos discursos e posições dos sindicatos são parte significativa do problema pelo que, dificilmente, serão parte da solução.
A grande questão é que a incontornável instrumentalização política de uma área tão apetecida como a educação, leva a que ME e sindicatos não estejam disponíveis para recolocar a educação no espaço e contexto de onde ela não pode, não deve, sair, ou seja da escola, portanto de alunos, professores e famílias o que obrigaria a uma profunda reflexão e, provável, alteração do papel do ME e das organizações sindicais.
1 comentário:
Talvez não saiba que até as reformas implementadas por Roberto Carneiro foram assinadas por Marçal Grilo. O grande problema deste e de outros que passaram pela 5 de Outubro, é que as suas propostas na teoria parecem um brilhante conjunto de boas intenções. Na prática são estes os maiores responsáveis por este «eduquês», este ensino facilitista que nenhum proveito trouxe. A não ser para as estatísticas. Acresce que este, como todos os outros, nunca leccionaram numa escola pública portuguesa.
Mas sobre as afirmações de Grilo é preciso salientar isto: finalmente reconhece que com esta equipa ministerial nenhuma melhoria será levada a cabo. Neste momento só não vê isto quem não quer.
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