A verdade fica assim reposta. Alguns passageiros, de alguns voos, que várias organizações internacionais comprovam ter feito escala em território português não têm rigorosamente a ver com a prisão de Guantânamo, mas sim com prováveis estadias de praia em Varadero ou Cayo Coco. O relatório do Parlamento Europeu sobre os voos ao serviço da CIA eliminou a referência a Portugal. A situação fica, portanto, esclarecida. No entanto, creio que este “esclarecimento” não constitui um particular motivo de orgulho. Parece comprovada a passagem de voos da responsabilidade da CIA pelo nosso território, vários relatórios internacionais com matéria factual apontam nesse sentido. Assim sendo, uma de duas situações, ou, de facto, o Governo da altura desconhecia a situação e tal circunstância, utilização do espaço aéreo e facilidades terrestres para fins desconhecidos, constitui um atentado à nossa soberania, ou, pior, o Governo tinha conhecimento e escamoteia tal facto atentatório dos direitos humanos.
É o tipo de história de que, quando acontece, ninguém sai bem.
É o tipo de história de que, quando acontece, ninguém sai bem.
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