Era uma vez um homem por quem toda a gente esperava naquela terra. Havia muito tempo que se falava sobre a sua chegada. Tardava e as pessoas acreditavam que ele vinha de tão longe que a viagem era demorada e daí o atraso. Mas quanto mais ele se atrasava mais as pessoas desesperavam de espera. Nunca se percebeu muito bem qual a razão, mas as pessoas acreditavam que o homem seria capaz de as ajudar a lidar com todas as dificuldades e a minimizar os problemas. Só que para seu desgosto o homem tardava e nunca mais aparecia, já parecia uma maldade, quanto mais as pessoas desejavam e esperavam mais o homem teimava em não aparecer. Alguns ainda pensaram em partir à sua procura mas depressa desistiram, não sabendo qual o caminho do homem, não sabiam por onde demandar. As pessoas da terra envolviam-se em discussões sem fim sobre o que fazer. Alguns, poucos, mais cépticos ou impacientes, achavam que ele já não vinha, nunca. Outros mais optimistas ou desesperados continuavam a acreditar que o homem viria para ajudar, só não sabiam quando e esse é que era o problema. E as discussões retomavam-se, sempre da mesma forma, uns a insistir que tinham de tratar das coisas, de todas coisas, sem estar mais tempo à espera do homem e os outros, tolhidos de espera, acreditando que vai ser amanhã, ou depois.
O mais curioso desta história daquela terra, é que ninguém sabia nada do homem. Apenas que se chamava Sebastião. Parece que, ainda hoje, não chegou.
O mais curioso desta história daquela terra, é que ninguém sabia nada do homem. Apenas que se chamava Sebastião. Parece que, ainda hoje, não chegou.
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