Já aqui o disse e creio que se confirmará. A luta pela suspensão da aplicação deste modelo de avaliação já foi. Sejam quais forem as razões, coacção, pressão mais ou menos evidente, medo das consequências, falta de coragem, etc. os professores parecem, de mansinho, começar a ficar vencidos mas não convencidos. As posições expressas pelos presidentes de Conselhos Executivos nas duas últimas reuniões, do meu ponto de vista, pecam por tardias. Deveriam ter-se desencadeado logo na altura das hesitações patentes no Conselho de Escolas. Entretanto, na habitual relação estranha com a realidade, a Ministra afirma que o processo corre com toda a normalidade, dando como normalidade, o irrelevante pormenor de dezenas de milhar de docentes não estarem, ainda, a cumprir o calendário da avaliação. Continuo a acreditar que o pecado original foi a excessiva “tranquilidade” com que o Estatuto foi aceite, designadamente na indefensável e inacreditável divisão dos professores em titulares e “outros”. Tudo o resto decorreu daí, incluindo a avaliação. O ME, a administração, transformou-se numa máquina de malhar arrasadora. Em movimento é difícil pará-la, vejam, por exemplo, nos comentários às notícias on-line, os imensos comentários sobre os “malandros” dos professores que não querem ser avaliados e não trabalham. Como é eficaz a máquina de “informação” montada, com toda a normalidade.
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