No Público encontra-se um trabalho
interessante sobre a forma como nós portugueses nos relacionamos com a
medicina.
Um estudo de uma equipa do Centro
de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde (Cintesis) mostra que os
portugueses, em matéria de prevenção, sobrevalorizam a realização de exames,
análises por exemplo, em detrimento de aconselhamento sobre comportamentos
saudáveis.
Existem riscos importantes no
recurso exagerado aos exames motivando, para além dos custos, tratamentos e
cirurgias desnecessárias.
Os dados são interessantes e
sugerem reflexão quer por nós, quer pelos profissionais no sentido
de criarmos uma relação mais informada e eficiente com a prevenção em saúde.
Tantas vezes
ouvimos discursos de pessoas decepcionadas com a ida a uma consulta em que o médico nem sequer passou umas “analses”, nem umas “chapas” para ver donde é que
vem aquela queixa. Nesta apreciação é ainda muitas vezes referido que a “dotora”
só disse para comer melhor, não fumar, fazer algum exercício, e continua “para
isto vale a pena ir ao médico?!”. E conclui-se, “não se interessam é c’a gente,
tenho que ir a um particular”. Ponto.
Na verdade, somos um povo engraçado na relação com a saúde. Consumimos medicamentos como poucos, adoramos “analses”, “chapas” e “TACS” e não andamos nada bem.
Na verdade, somos um povo engraçado na relação com a saúde. Consumimos medicamentos como poucos, adoramos “analses”, “chapas” e “TACS” e não andamos nada bem.
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