Toda a vida de uma criança pode caber na sala de aula. Toda a sala de aula pode caber na vida de uma criança. Algumas vezes, a sala de aula encaixa mal na vida de uma criança. Não, não é romantismo, ingenuidade ou eduquês, seja lá isso o que for, é educação.
(Foto de Honey)
4 comentários:
Quando fui com entusiasmo para a escola primária, passado pouco tempo senti que a escola, confinada a uma sala de aula, sem ter direito a recreio, era um lugar de grande tormento e de medo. Realmente sala de aula encaixava mal na minha vida e na vida das minhas colegas de classe. O problema não era da sala, mas do ambiente de permanente tensão e medo que a professora gerava na sala de aula, com agressões físicas e berros constantes.
Hoje, como professora, continuo a sentir-me quase na mesma. Não tenho medo, mas a agressividade dos alunos na sala de aula encaixa mal na minha vida e na dos meus colegas de profissão.
Belo texto e verdadeiro. Conto-lhe então uma estória que me aconteceu. Aprendi a ler, a escrever , a contar e tudo mais que se ensina às crianças , debaixo de uma mangueira na savana a africana. Um dia , por volta dos 9 anos , vim para o "Puto" e fui estudar , ela primeira vez para uma escola , com outra sala. não havia mangueiras , nem mangas quentes do sol para a merenda. Só muito frio e meninas sentadas , em parada militar, em carteiras de pau. Como não sabia as regras do lugar , sentei-me no chão , como sempre fazia debaixo da mangueira onde estudava. Quando a terrível profesora chegou , perguntou-me : " O que faz aí, menina? Que vinha estudar naquele lugar, respondi. " Ah, mas aqui tem de sentar nesta carteira à minha frente. É assim que se faz em Lisboa." Foi gentil a terível professora e fiquei amiga dela toda a minha vida . Chmava-se , e chama-se nos lugares da minha alma , Professora Maria de Lourde Guizado. Muitos mais tarde foi com alegria que lhe disse. " Olá Professora ! Agora sou sua colega ! " Assim foi e muito mais aprendi com ela . Creio que essa foi uma dádiva daquela terrível Professora , segundo diziam, fazer-me sentir em Lisboa a alegria de aprender , e depois de aprender -ensinando , como se fosse debaixo de uma mangueira lá longe na savana. Um abraço, Professor!
Belo texto e verdadeiro. Conto-lhe então uma estória que me aconteceu. Aprendi a ler, a escrever , a contar e tudo mais que se ensina às crianças , debaixo de uma mangueira na savana a africana. Um dia , por volta dos 9 anos , vim para o "Puto" e fui estudar , ela primeira vez para uma escola , com outra sala. não havia mangueiras , nem mangas quentes do sol para a merenda. Só muito frio e meninas sentadas , em parada militar, em carteiras de pau. Como não sabia as regras do lugar , sentei-me no chão , como sempre fazia debaixo da mangueira onde estudava. Quando a terrível profesora chegou , perguntou-me : " O que faz aí, menina? Que vinha estudar naquele lugar, respondi. " Ah, mas aqui tem de sentar nesta carteira à minha frente. É assim que se faz em Lisboa." Foi gentil a terível professora e fiquei amiga dela toda a minha vida . Chmava-se , e chama-se nos lugares da minha alma , Professora Maria de Lourde Guizado. Muitos mais tarde foi com alegria que lhe disse. " Olá Professora ! Agora sou sua colega ! " Assim foi e muito mais aprendi com ela . Creio que essa foi uma dádiva daquela terrível Professora , segundo diziam, fazer-me sentir em Lisboa a alegria de aprender , e depois de aprender -ensinando , como se fosse debaixo de uma mangueira lá longe na savana. Um abraço, Professor!
A voz dos meus alunos: https://sala11ribeiras.blogspot.pt/2017/03/a-historia.html
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