O Dr. Paulo Rangel retoma agora
no Público o seu “momento eureka”. Já tinha sido anunciado mas talvez tenha
passado despercebido pelo que o Dr. Paulo Rangel volta à carga.
Alguns talvez recordem que no
último Congresso do PSD o Dr. Paulo Rangel tinha avançado com uma proposta
"socialmente fracturante". Propôs que "nos documentos oficiais, nos actos públicos e nas cerimónias oficiais acabem com a diferença entre os
portugueses com título e os portugueses sem título".
Agora no Público adensa-se a
fundamentação e de forma esmagadora. Até ataca a esquerda que tanto gosta de
apresentar causas fracturantes por nunca ter desencadeado este movimento
verdadeiramente revolucionário. Mas os grandes estadistas e visionários são
assim, alcançam para lá dos demais, sejam de esquerda ou de direita.
O Dr. Paulo Rangel interrogava-se
na altura "Por que razão ao fim de 40 anos de Constituição continuamos nas
instituições públicas e privadas a marcar diferenças entre aqueles que são
doutores, engenheiros e arquitectos e não são?"
Isto sim, é política a sério,
pura e dura, ao serviço do bem-estar comum dos portugueses e com a lucidez que
permite identificar os verdadeiros problemas e necessidades.
Tem toda a razão, Dr. Paulo
Rangel, perdão, Paulo Rangel.
No nosso Portugal dos Pequeninos
ser doutor ou engenheiro é frequentemente visto como uma condição necessária e
importante para usar colada ao nome e passa a fazer parte da identidade. Aliás,
em muitas circunstâncias nem se sabe se o destinatário tem algum título
académico mas à cautela é melhor acrescentar o “Sr. Dr.” ou o “Sr. Eng.”
Com esta proposta socialmente
fracturante os portugueses vão viver bastante mais felizes e sem se sentir
discriminados por não poderem ter o privilégio do Dr. ou Eng. antes do nome, é
a democracia em crescimento e numa etapa já muito avançada.
No entanto, aqui para nós, eu acho
que a proposta do Paulo Rangel é uma forma de tentar antecipar a retirada do
título ao Miguel Relvas que tanto trabalho e tempo lhe demorou a consegui.
Assim o "Dr." Miguel Relvas já pode voltar a ser Miguel Relvas sem
que alguém esconda um discreto sorriso.
Talvez a proposta “socialmente
fracturante” do Paulo Rangel possa dar origem a uma petição e fazer o seu
caminho de nos tornar mais iguais.
Obrigado Paulo.
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