O texto de Domingos Fernandes no
Público, “Para a reconfiguração dos exames e do sistema de acesso ao ensino superior”, parece-me ser um bom contributo para uma discussão que permanece em
aberto, a existência, a função esperada ou exigida, os impactos positivos e
negativos e os momentos relativos à avaliação externa, também conhecida por
exames nacionais mas que incluem actualmente as provas de aferição.
Apesar da abolição dos exames do 1º e 2º anos a questão também aqui se
coloca devido à existência das, do meu ponto de vista, incorrectamente chamadas provas de aferição no 2º e o no 5º ano. Digo incorrectamente porque
realizadas a meio do ciclo creio que são mais de “diagnóstico” que de aferição.
A questão da avaliação externa é das muitas que em
educação é discutida quase em modo “cada cabeça, sua sentença” e
muitas vezes mobilizando discursos com agenda implícita. Muitas vezes aqui temos falado sobre isto.
Neste sentido é sempre útil a promoção
da reflexão, designadamente, neste caso, o impacto que tem no trabalho do
ensino secundário o facto do acesso ao ensino superior estar quase que
exclusivamente dependente dos resultados nos exames nacionais, apesar da existência
da avaliação interna que, como se sabe, em algumas circunstância é gerida de
forma mais “simpática” justamente para “facilitar o acesso a candidatura ao
superior com médias finais mais amigáveis.
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