Continua sem fim à vista o
conflito entre professores e ME. Os novos capítulos que se vão conhecendo não permitem antecipar quando e como terminará. Como já tenho escrito e insisto, só há uma
forma de resolver conflitos de forma positiva, negociar, negociar. Ponto.
O ME continua em fuga para a frente
e vai-se apoiando na tentativa de torcer o quadro legislativo no sentido de conter
ou minimizar as consequências da greve em curso.
Paralelamente é divulgada informação e produzida opinião em dois sentidos, sublinhar o prejuízo
causado aos alunos e diabolizar a greve e os professores recorrendo à produção de opinião, e
números com esse objectivo.
Parece clara dificuldade em
realizar uma greve que não tenha algum impacto na comunidade, esse é,
justamente, uma das componentes do próprio processo da greve, seja em que
sector de actividade for.
Parece-me também claro que os
professores, na sua esmagadora maioria, prefeririam certamente não sentir
motivos para realizar a greve com consequentes dificuldades para pais e
alunos e para o seu próprio trabalho, as avaliações serão
necessariamente realizadas. Muitos esquecerão que boa parte dos professores também tem filhos.
É também claro que muitos
professores se sentem suficientemente maltratados por alguns aspectos das políticas
que os envolvem para que possam enveredar pela greve, dentro do quadro legal
existente, com as consequências previsíveis.
A eternização deste conflito não
serve a ninguém. Negociar com seriedade servirá a todos.
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