sexta-feira, 22 de junho de 2018

CRÓNICA DE UMA GREVE SEM FIM À VISTA


Continua sem fim à vista o conflito entre professores e ME. Os novos capítulos que se vão conhecendo não permitem antecipar quando e como terminará. Como já tenho escrito e insisto, só há uma forma de resolver conflitos de forma positiva, negociar, negociar. Ponto.
O ME continua em fuga para a frente e vai-se apoiando na tentativa de torcer o quadro legislativo no sentido de conter ou minimizar as consequências da greve em curso.
Paralelamente é divulgada informação e produzida opinião em dois sentidos, sublinhar o prejuízo causado aos alunos e diabolizar a greve e os professores recorrendo à produção de opinião, e números com esse objectivo.
Parece clara dificuldade em realizar uma greve que não tenha algum impacto na comunidade, esse é, justamente, uma das componentes do próprio processo da greve, seja em que sector de actividade for.
Parece-me também claro que os professores, na sua esmagadora maioria, prefeririam certamente não sentir motivos para realizar a greve com consequentes dificuldades para pais e alunos e para o seu próprio trabalho, as avaliações serão necessariamente realizadas. Muitos esquecerão que boa parte dos professores também tem filhos.
É também claro que muitos professores se sentem suficientemente maltratados por alguns aspectos das políticas que os envolvem para que possam enveredar pela greve, dentro do quadro legal existente, com as consequências previsíveis.  
A eternização deste conflito não serve a ninguém. Negociar com seriedade servirá a todos.

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