A OCDE divulgou hoje um relatório
“Effective Teacher Policies” sobre a condição professor que justifica uma leitura atenta e aprofundada que
ainda não realizei, apenas uma viagem superficial sobre os conteúdos.
Fica o resumo do Relatório:
“Teachers
are the most important resource in today’s schools. In every country, teachers’
salaries and training represent the greatest share of expenditure in education.
And this investment in teachers can have significant returns: research shows
that being taught by the best teachers can make a real difference in the
learning and life outcomes of otherwise similar students. Teachers, in other
words, are not interchangeable workers in some sort of industrial assembly
line; individual teachers can change lives – and better teachers are crucial to
improving the education that schools provide. Improving the effectiveness,
efficiency and equity of schooling depends, in large measure, on ensuring that
competent people want to work as teachers, that their teaching is of high quality
and that high-quality teaching is provided to all students. This report,
building on data from the Indicators of Education Systems (INES) programme, the
Teaching and Learning International Survey (TALIS) and the Programme for
International Student Assessment (PISA), explores three teacher-policy
questions: How do the best-performing countries select, develop, evaluate and
compensate teachers? How does teacher sorting across schools affect the equity
of education systems? And how can countries attract and retain talented men and
women to teaching?”
A propósito da publicação
deste relatório o Público tem como título “OCDE
defende avaliação de professores para detectar e melhorar falhas” numa das
peças que lhe dedica. Vem mesmo "a calhar" esta referência aos professore que "não são avaliados" segundo alguns opinadores
Curiosamente, o relatório assenta
nos dados do PISA que mostraram uma melhoria significativa dos resultados dos
alunos portugueses que também se verificou no TIMSS de 2015.
Como não acredito que os alunos
tenham estado em autogestão e sejam autodidactas, parece claro que a esmagadora maioria dos
professores é competente e empenhada mesmo quando enfrentam políticas educativas pouco
amigáveis. É também claro que algumas agendas impedem que tal seja reconhecido por alguma da opinião publicada.
Dito isto acrescento que sim, é importante melhorar a avaliação e regulação do trabalho docente, sim é importante ajustar permanentemente a sua formação inicial e contínua. É normal
em qualquer profissão.
No entanto, o Relatório foca outros
aspectos que são menos “lembrados” mas que são críticos como a valorização dos
professores, a sua compensação salarial, a estabilidade das equipas docentes
das escolas, a autonomia das escolas, a liderança, etc. Mas esta coisa da "avaliação dos professores" é sempre uma matéria que rende.
Voltaremos a isto.
Sem comentários:
Enviar um comentário