segunda-feira, 4 de junho de 2018

DAS POLÍTICAS DE FAMÍLIA


É interessante ler a entrevista de Kay Xander Mellish no Observador sobre políticas de família na Dinamarca. Eu sei que as realidades não comparáveis e muito menos replicáveis.
No entanto existem sempre aspectos que nos fazem reflectir e que de forma adequada podem ser inspiradores de medidas e decisões neste âmbito.
Por múltiplas razões é verdadeiramente urgente a definição de políticas de apoio à família com impactos a curto e médio prazo como, por exemplo, a acessibilidade aos equipamentos e serviços para a infância com o alargamento da resposta pública de creche e educação pré-escolar, cuja oferta está abaixo da meta estabelecida bem como combater a discriminação salarial e de condições de trabalho através de qualificação e fiscalização adequadas.
É fundamental tornar o quadro legislativo relativo à parentalidade mais amigo das famílias.
Defendo há muito a pertinência de, em sede de Concertação Social, avançar com propostas de alteração legislativa, sobretudo, na organização horária do trabalho que poderia, essa sim, ter impacto na disponibilidade dos pais.
Não me parece impossível que em muitas profissões os tempos de trabalho pudessem ter outra distribuição permitindo mais tempo com os filhos e menos tempo destes na escola o que seria um excelente contributo para a qualidade de vida das famílias.
É verdade que temos avançado mas existe muito para fazer no domínio das políticas de família e da parentalidade.

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