O calendário das consciências
determina para hoje o Dia da Terra. Como de costume as consciências aquietam-se
com mais umas iniciativas e discursos que pouco ultrapassam a retórica, o folclore e um
fingimento de preocupação.
Aliás, 160 estados reúnem-se hoje na sede da ONU para a assinar o Acordo estabelecido em Paris que fica aquém do necessário para bem cuidar da terra. Nada de estranho, outros interesses se sobrepõem.
Na verdade, a Terra só se torna
mesmo preocupação quando se zanga e de vez em quando a Terra zanga-se com
efeitos devastadores.
Imagino que a Terra vá ficando
cansada da irresponsabilidade delinquente da gente que a povoa, sobretudo dos
que lideram. Depois de tanta asneira insistem nos maus-tratos e não se entendem
sobre a forma de mudar de rumo.
Dão-lhe cabo das entranhas, alteram-lhe
o clima, mudam paisagens, esgotam-na, deixam-na estéril e sem sustento. Não vai
aguentar.
A minha avó Leonor, mulher de
sabedoria, costumava dizer que não era bom a gente meter-se com a Terra, com a
natureza, e maltratá-la. A natureza vai ser sempre maior que a gente e não
aceita que mandem nela.
Quando acorda zanga-se e quando
se zanga os efeitos são devastadores. Apesar destes avisos não parece que a
levem a sério.
Esta gente não aprende mesmo, já
não espero que o fizessem em nome deles, os seus interesses imediatos não
deixam. Mas podiam fazê-lo em nome dos filhos, dos filhos dos filhos, dos
filhos dos filhos dos filhos, …
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