Pai, precisamos de conversar.
Sim, que se passa?
A mãe disse-me que as coisas lá pelo teu emprego não estão bem.
A ... a ... que te disse a mãe?
Disse-me que tinhas arranjado de novo um problema com o teu chefe. É verdade?
Bom Francisco, eu não arranjei nenhum problema com ele. Ele achou que eu demorei muito tempo a fazer um trabalho que me tinha pedido.
E demoraste?
Na verdade, entretive-me um bocado a falar com a Lisete e distraí-me. Ele zangou-se e eu respondi um bocado à bruta.
Pai, tu fazes-me perder a paciência. Quantas vezes já te disse que é preciso fazer as coisas como deve ser. Tu és capaz, quando te aplicas és capaz de fazer o trabalho em condições.
Eu sei Francisco, mas sabes como é, a gente às vezes distrai-se.
Espero que não volte a acontecer. Também quantas vezes é preciso dizer-te que quando alguém te diz qualquer coisa, ainda por cima com razão, deves reagir de forma educada.
Pois, mas ...
Pai, não venhas com desculpas, é sempre a mesma coisa. Conversamos, prometes e depois volta tudo ao mesmo. Fico aborrecido contigo. Já não tenho vontade de te ensinar a jogar o jogo novo que tenho na consola conforme te tinha prometido.
Francisco, não faças isso, eu prometo que me porto como deve ser, ensina-me lá a jogar. Eu distraí-me a falar com a Lisete porque ela estava contar-me como era o jogo, o filho dela já a ensinou a jogar.
Bom, vou pensar nisso e depois falamos. Vê se te portas bem.
1 comentário:
Diálogo improvável?!!!
Eu não iria tão longe...
Os filhos odeiam a tirania dos pais apenas para que possam estabelecer a sua.
saudações
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