Apesar da noticiada classificação de Portugal como país onde existe um risco de violência público, creio que ainda nos poderemos considerar um país pacífico e, como gostamos de considerar, de brandos costumes.
No entanto e por paradoxal que possa parecer somos um país fortemente armado e, de facto, a correr sérios riscos por tal circunstância.
Boa parte dos que nos têm governado passa o tempo armada em competente quando as coisas correm de forma positiva e logo os mesmos aparecem armados em vítimas de todo o mundo quando as coisas se complicam. Reparemos também naqueles que se armam em parte da solução quando sempre foram parte do problema.
Muitos de nós andamos o tempo todo armados em ricos a viver acima do que podemos a troco de uma vida a crédito até à falência.
Muita gente entre nós procura armar-se em “tudo bem” para esconder por pudor as dificuldades que atravessam.
Quantos de nós se armam em qualquer coisa para parecer por fora o que se não é por dentro, razão pela qual tanta gente, grande e pequena, se arma em forte para esconder fraquezas e medos que doem por dentro.
E as tantas pessoas que se armam em pessoas felizes para a fotografia do dia a dia, mas que se fossem fotografadas por dentro ficariam bem diferentes no retrato.
Pois é, somos um país de gente armada, pacífica mas armada.
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