Mudar de opinião ou constatar que uma decisão tomada pode ser errada é uma prova de inteligência e maturidade. Mesmo quando as opiniões e decisões parecem bem fundamentadas, podemos sempre admitir que não terão sido a melhor escolha. Insistir teimosamente em algo que se verifica errado é um comportamento de fraqueza e algo de insustentável. Esta introdução deriva do comportamento político da equipa do ME, fundamentalmente a propósito do Estatuto da Carreira Docente, divisão dos docentes em dois grupos, e o famoso modelo de avaliação. As duas peças enfermavam de erros estruturais insustentáveis e desencadearam o maior e mais consensual movimento de protesto entre os professores das últimas décadas. É verdade que tudo isto se contaminou com a luta político-partidária e que mesmo a actuação e discursos dos representantes dos professores foram, frequentemente e do meu ponto de vista, também parte do problema. No entanto, escudados numa incompetente e teimosa arrogância decorrente da maioria absoluta, a PEC – Política Educativa em Curso foi fazendo o seu caminho.
Hoje, dia em que o novo governo toma posse, alguma imprensa refere que o líder da bancada parlamentar do PS, Francisco Assis, entende como prioridade a mudança do sistema de avaliação dos docentes, que augura fácil o consenso pois todos os partidos têm uma posição contra o actual e alguns já elaboraram propostas legislativas.
Ainda bem que se procura mudar o que não está bem, prova de inteligência, mas porque não aconteceu esta mudança logo que se percebeu a incorrecção do modelo proposto? Porque se envolveu o governo com o apoio do grupo parlamentar, que agora muda de opinião, em sucessivas (simplex)ificações que não melhoraram coisa nenhuma? Não era já claro que aquele modelo de avaliação não fazia sentido? É, portanto, legítimo colocar a questão se caso a maioria absoluta se mantivesse, o grupo parlamentar também promoveria a mudança.
O resultado foi o clima instalado nas escolas, a crispação entre professores e administração e uma opinião pública dividida e com a confiança abalada no sistema educativo.
Não são efeitos tangíveis mas são certamente efeitos negativos.
Hoje, dia em que o novo governo toma posse, alguma imprensa refere que o líder da bancada parlamentar do PS, Francisco Assis, entende como prioridade a mudança do sistema de avaliação dos docentes, que augura fácil o consenso pois todos os partidos têm uma posição contra o actual e alguns já elaboraram propostas legislativas.
Ainda bem que se procura mudar o que não está bem, prova de inteligência, mas porque não aconteceu esta mudança logo que se percebeu a incorrecção do modelo proposto? Porque se envolveu o governo com o apoio do grupo parlamentar, que agora muda de opinião, em sucessivas (simplex)ificações que não melhoraram coisa nenhuma? Não era já claro que aquele modelo de avaliação não fazia sentido? É, portanto, legítimo colocar a questão se caso a maioria absoluta se mantivesse, o grupo parlamentar também promoveria a mudança.
O resultado foi o clima instalado nas escolas, a crispação entre professores e administração e uma opinião pública dividida e com a confiança abalada no sistema educativo.
Não são efeitos tangíveis mas são certamente efeitos negativos.
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