Gosto de acreditar que ainda mantenho a capacidade de me surpreender, não simpatizo com aqueles discursos do tipo “já nada me surpreende”. No entanto, o ficar surpreendido tem três direcções, surpreendido pela positiva, por exemplo, pela beleza que surge inesperada de uma qualquer fonte, surpreendido pela negativa, o sofrimento por vezes causado a gente vulnerável ainda me surpreende ou, finalmente, surpreendido pela perplexidade, advinda, por exemplo, de algo sem explicação aparente e imediata, pelo menos para mim.
O JN de hoje apresenta um trabalho que me surpreende pela perplexidade. Em Portugal realiza-se um número cerca de 25% superior de operações às cataratas quando comparado com países com as mesmas características e para o mesmo quadro clínico. Não entendo. Sempre nos habituámos a ouvir as referências às extensas listas de espera para este acto cirúrgico que estão, aliás, na base das frequentes e polémicas deslocações a Cuba suportadas por muitas autarquias. Por outro lado, a decisão de operar é, obviamente, tomada por especialistas nos quais temos que confiar. Como explicar então esta discrepância? Opera-se sem necessidade em Portugal? Isto mexe com a confiança nos especialistas e não é muito animador. Estarão os outros países a operar de menos e, portanto, a descuidar dos seus cidadãos? É grave se assim for. Qual será então a verdadeira razão? Os esclarecimentos na peça do jornal não me parecem claros. Não acredito que seja por questões económicas, ou seja, a obtenção de rendimentos através de actos médicos desnecessários.
No entanto, como disse de início, ainda sou capaz de me surpreender.
O JN de hoje apresenta um trabalho que me surpreende pela perplexidade. Em Portugal realiza-se um número cerca de 25% superior de operações às cataratas quando comparado com países com as mesmas características e para o mesmo quadro clínico. Não entendo. Sempre nos habituámos a ouvir as referências às extensas listas de espera para este acto cirúrgico que estão, aliás, na base das frequentes e polémicas deslocações a Cuba suportadas por muitas autarquias. Por outro lado, a decisão de operar é, obviamente, tomada por especialistas nos quais temos que confiar. Como explicar então esta discrepância? Opera-se sem necessidade em Portugal? Isto mexe com a confiança nos especialistas e não é muito animador. Estarão os outros países a operar de menos e, portanto, a descuidar dos seus cidadãos? É grave se assim for. Qual será então a verdadeira razão? Os esclarecimentos na peça do jornal não me parecem claros. Não acredito que seja por questões económicas, ou seja, a obtenção de rendimentos através de actos médicos desnecessários.
No entanto, como disse de início, ainda sou capaz de me surpreender.
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