Uma das questões que frequentemente emerge nos discursos sobre a escola é a dificuldade de se estabelecerem relações eficazes entre a escola e o meio onde está inserida. Esta relação, quando boa, é geralmente entendida como promotora de motivação entre os alunos pela proximidade entre a cultura extra-escolar e a cultura escolar, bem como facilitadora do envolvimento de toda a comunidade na vida educativa o que contraria uma escola fechada e é uma condição de qualidade e eficácia no trabalho educativo. A PEC – Política Educativa em Curso tem assumido, nesta matéria, medidas contraditórias. Por um lado, fecha os alunos em escolas durante horas e horas por dia, fomentando sérios riscos de intoxicação que tarde ou cedo vão começar a surgir. Por outro lado, leva a escola para dentro de equipamentos da comunidade, estádios, quartéis e igrejas, por exemplo, ainda que de forma transitória pois, tão depressa quanto acabe a “requalificação do parque escolar”, os alunos voltarão a ser trancados nas escolas.
Mas é necessário ir mais longe nesta abertura, numa espécie de deslocalização educativa. É preciso que a escola trabalhe em espaços públicos como bibliotecas, associações desportivas, recreativas ou culturais. É preciso desguetizar a escola que vê os muros e as redes que as cercam tornar-se cada vez mais altos, sem que se perceba se é para evitar que alguns fujam ou para evitar que alguns entrem.
No fundo a escola é como o Natal, é quando, e onde, um aluno e um professor quiserem.
Mas é necessário ir mais longe nesta abertura, numa espécie de deslocalização educativa. É preciso que a escola trabalhe em espaços públicos como bibliotecas, associações desportivas, recreativas ou culturais. É preciso desguetizar a escola que vê os muros e as redes que as cercam tornar-se cada vez mais altos, sem que se perceba se é para evitar que alguns fujam ou para evitar que alguns entrem.
No fundo a escola é como o Natal, é quando, e onde, um aluno e um professor quiserem.
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