Ontem no Telejornal das 20h a RTP1, como todas as outras estações seguramente, dedicou um tempo significativo à tragédia da morte de uma criança atingida pelo vírus da gripe A. Até aqui nada de estranho, a tragédia é notícia. O que me deixou profundamente incomodado e perplexo foram alguns dos conteúdos apresentados. A jornalista entendeu por bem entrevistar crianças de 10 anos colegas do Adriano, a criança que faleceu, sobre a gripe A, sobre o Adriano e sobre as decisões dos respectivos pais sobre a sua vinda, ou não, para a escola o que resultou numa cena inconcebível. Mas cabe na cabeça de alguém, entrevistar crianças de 10 anos sobre a morte de um colega e sobre como lidar com a gripe A na mesma altura?
A jornalista resolve também registar as opiniões dos pais presentes que de forma mais desinformada e histérica uns, mais ponderados outros, peroravam sobre se a escola deveria estar aberta ou fechada com discursos de impressão e não de informação. A jornalista poderia perceber que neste tipo de situações, mais ruído e confusão só aumentam a ansiedade e angústia e não se promove informação e serenidade. Parece natural que oiça pais, a direcção da escola e, obviamente, os especialistas mas o objectivo é informar e serenar não amplificar a angústia e falta de informação.
Sabe-se que a morte vende mas o pudor, a ética e a inteligência deveriam estabelecer alguns limites.
A jornalista resolve também registar as opiniões dos pais presentes que de forma mais desinformada e histérica uns, mais ponderados outros, peroravam sobre se a escola deveria estar aberta ou fechada com discursos de impressão e não de informação. A jornalista poderia perceber que neste tipo de situações, mais ruído e confusão só aumentam a ansiedade e angústia e não se promove informação e serenidade. Parece natural que oiça pais, a direcção da escola e, obviamente, os especialistas mas o objectivo é informar e serenar não amplificar a angústia e falta de informação.
Sabe-se que a morte vende mas o pudor, a ética e a inteligência deveriam estabelecer alguns limites.
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