sábado, 27 de agosto de 2016

DOS NEGÓCIOS DA EDUCAÇÃO. OS MANUAIS ESCOLARES

Nada de novo, é uma prática habitual.
Na verdade os negócios da educação têm múltiplas vertentes, sempre a pensar, evidentemente, nos interesses dos alunos e das famílias.
Como já tenho escrito talvez pudéssemos caminhar no sentido de contrariar o que costumo designar por uma excessiva manualização do ensino que emerge de práticas pedagógicas pouco diferenciadas muito decorrentes de conteúdos curriculares demasiado extensos, prescritivos e normalizadores. Seria desejável atenuar a fórmula predominante, o professor ensina com base no manual o que o aluno aprende através do manual que o pai acha muito importante porque tem tudo o que professor ensina.
O número de alunos por turma mais adequado à qualidade do trabalho de alunos e professores seria também um facto contributivo para este cenário. A acontecer e está anunciado, permitiria a alunos e professores um trabalho de pesquisa e construção de conhecimentos com base noutras fontes incrementando, por exemplo, a acessibilidade a conteúdos e informação diversificada que as novas tecnologias oferecem. 
A questão é que os manuais escolares constituem um importantíssimo nicho de mercado potenciado pela enorme quantidade de materiais que os acompanha. Como exemplo é de registar que a gratuitidade dos manuais para o 1º ano envolve um montante de três milhões de euros. É um nicho de mercado com muito peso, cerca de 80 milhões de euros, de que os donos deste mercado não querem abdicar, recebam das famílias ou recebam do Estado através da gratuitidade.

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