No CM lê-se “Editoras seduzem docentes com prendas
Nada de novo, é uma prática
habitual.
Na verdade os negócios da
educação têm múltiplas vertentes, sempre a pensar, evidentemente, nos
interesses dos alunos e das famílias.
Como já tenho escrito talvez pudéssemos
caminhar no sentido de contrariar o que costumo designar por uma excessiva
manualização do ensino que emerge de práticas pedagógicas pouco diferenciadas
muito decorrentes de conteúdos curriculares demasiado extensos, prescritivos e
normalizadores. Seria desejável atenuar a fórmula predominante, o professor
ensina com base no manual o que o aluno aprende através do manual que o pai
acha muito importante porque tem tudo o que professor ensina.
O número de alunos por turma mais
adequado à qualidade do trabalho de alunos e professores seria também um facto
contributivo para este cenário. A acontecer e está anunciado, permitiria a
alunos e professores um trabalho de pesquisa e construção de conhecimentos com
base noutras fontes incrementando, por exemplo, a acessibilidade a conteúdos e
informação diversificada que as novas tecnologias oferecem.
A questão é que os manuais
escolares constituem um importantíssimo nicho de mercado potenciado pela enorme
quantidade de materiais que os acompanha. Como exemplo é de
registar que a gratuitidade dos manuais para o 1º ano envolve um montante de
três milhões de euros. É um nicho de mercado com muito peso, cerca de 80
milhões de euros, de que os donos deste mercado não querem abdicar, recebam das
famílias ou recebam do Estado através da gratuitidade.
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