No Público lê-se que segundo um
estudo de Grupo de Investigação e Intervenção em Acolhimento e Adopção (GIIAA)
da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto “os professores primários têm falta de
conhecimentos sobre a adopção e pouca preparação para ajustar a prática
pedagógica nas respostas às necessidades das crianças adoptadas.”
Para além de uma rápida referência
ao desajustamento da designação “professores primários”, são na verdade
professores do primeiro ciclo, não conhecendo o estudo fico com uma enorme
dúvida sobre o que serão “práticas pedagógicas” adequadas para crianças
adoptadas.
Não tenho dúvida sobre um
eventual menor conhecimento sobre as problemáticas da adopção e das crianças
adoptadas, produzindo eventuais discursos ou atitudes menos desejáveis mas
estaremos mesmo a falar de “práticas pedagógicas”?
Como os que acompanham este
espaço poderão lembrar-se, sempre que me refiro a questões desta natureza
recordo uma afirmação que ouvi há já algum tempo a Laborinho Lúcio num dos
vários encontros que já partilhámos e que são sempre estimulantes.
Dizia ele que “Só as crianças
adoptadas são verdadeiramente felizes. Felizmente, a grande maioria dos pais
adopta os seus filhos”.
É, também me parece que a
esmagadora maioria dos professores e educadores “adopta” os seus alunos.
E é assim que deve ser e que
ficam professores que nos marcam.
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