Já várias vezes tenho aqui
referido dados de sondagens divulgadas a propósito de várias questões mas, sobretudo, em
matéria de política.
Não duvido, por princípio, da
competência com que são realizadas cumprindo os requisitos necessários para
garantir a sua fiabilidade independentemente de posteriormente não se
verificarem os indicadores das sondagens.
No entanto, também sei que em
algumas circunstâncias podem ser contaminadas por agendas de outra natureza e
que, como diz Sam The Kid, existe “uma percentagem que a sondagem nunca mostra”.
Serve esta introdução para uma
nota sobre uma sondagem realizada para a SIC e para o Expresso relativa à forma
como é percebida pelos portugueses a “geringonça” e o seu futuro.
Como dados interessantes, temos que
70.2% dos inquiridos acha que “não devia haver em breve eleições antecipadas”,
64.2% entende que “o Governo ou algum dos seus parceiros não irá provocar eleições
antecipadas” e 65% pensa que o Orçamento para 2017 será aprovado.
Esta gente só pode estar enganada. Como é possível que não sigam os discursos diários dos que desde do início da actual solução
política decretam o seu fim para o dia seguinte e profetizam a desgraça, não atendam aos fazedores de
opinião comandados pela tropa de choque do Observador que explicam todos os
dias como já está aí o caos e o inferno vem a caminho.
A gente não aprende mesmo.
Será do calor?
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