Ao que se lê no JN são apanhados
diariamente 23 cidadãos a conduzir sem a respectiva habilitação.
Nada de estranho, somos um país
de empreendedores, deitamos mão ao que quer que seja que dê jeito independentemente
de estarmos preparados para tal desempenho.
Atente-se em boa parte das nossas
lideranças políticas, por exemplo, preparação adquirida nas universidades de
Verão nas “jotas partidárias”, estágio no aparelhismo partidário e segue-se um
trajecto de alpinista social e político.
A habilitação exigida para o
exercício de algumas funções é também muitas vezes substituída pela “carta de
recomendação” ou pelo cartão com a cor certa.
Às vezes lá vem alguma coisa que
corre menos bem, o caso da habilitação do “Dr.” Relvas é um exemplo, mas, lá
está, nada de grave, apenas um sobressalto e segue a função.
Aliás, até temos um exemplo bem
recente de gente que indigitada para a administração da CGD que foi “chumbada”
pelo BCE por falta de habilitações embora há algum tempo, certamente por distracção
do regulador, pessoas como Armando Vara ou Celeste Cardona desempenharam essas
funções com sólidas habilitações e currículos inquestionáveis.
Enfim, o Portugal dos Pequeninos.
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