Apesar da precaução, a família próxima acabou por contactar com o “bicho”, sim ele existe, felizmente sem grandes complicações e tudo agora está bem. O neto pequeno, cinco anos, foi o último a ser apanhado pois, como ele dizia, tinha montado os ímanes ao contrário e o bicho não conseguia chegar-se a ele.
Hoje era dia de retorno à escola.
Quando a mãe bem cedinho acordou o Simão, está no 3º ano com um horário desdobrado e “pega às oito”, avisando ser
tempo de levantar, ele afirmou que “estava com saudades da escola, mas não
tinha saudades do frio”.
Como é sabido as escolas são “aconselhadas” a funcionar de forma
arejada, com as janelas das salas de aula abertas. Como é de calcular, com as
temperaturas desta altura do ano e ainda mais de manhã cedo, umas janelas
abertas para a sala de aula criam um clima bastante amigável de que o Simão não
tem saudades.
Sim, eu sei que os tempos são complexos, que o equilíbrio entre
a protecção à saúde e a protecção da educação e do bem-estar educativo é
difícil, que os todos os profissionais têm demonstrado um empenho e sentido de
missão que devemos reconhecer e agradecer, mas a verdade é que o frio é inimigo
de processos educativos.
Todos sabemos e falamos da importância de um bom clima de
sala de aula. Também na vertente meteorológica assim acontece. Conhecemos de há
muito os problemas que muitas escolas sentem no Inverno em manter ambientes
acolhedores para crianças e adultos, a festa da Parque Escolar não chegou para
tudo e em algumas situações as mantas tornaram-se material didáctico,
facilitador das aprendizagens.
Agora somámos-lhe o “arejamento” criando nova emergência climática
nas salas de aula.
Esperemos que a Primavera chegue depressa.
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