Embora a passar meio despercebida dada a pandemia e a campanha eleitoral a questão da seca surge com a maior frequência nos discursos por aqui no Alentejo, como muito provavelmente acontecerá noutras paragens. Ainda hoje na ida à vila o tema da falta de chuva foi a questão mais presente nas conversas. E parece que para os próximos dias as previsões continuam a não nos “dar água”.
É verdade que os campos estão
verdes com a água do início de Dezembro, mas os pastos estão rasos, estou a
regar a horta o que não é muito habitual neste tempo, e a gente bem olha para o
céu à procura das nuvens que tragam a água que faz crescer. A coisa não está
ainda especialmente grave porque o Inverno passado foi bem chovido.
No entanto, a seca severa que
atravessamos e o risco de seca extrema que poderemos enfrentar não é só de
natureza meteorológica. Estamos em seca severa do ponto de vista meteorológico,
mas também atravessamos tempos de secura em várias outras dimensões que nos
respeitam, ou desrespeitam, conforme a leitura.
É, na verdade, estamos em tempo
de seca severa.
Vou espreitar o céu com a
esperança de ver as nuvens que irão chegar com a água que lava e faz crescer, a
terra e a gente.
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