O calendário das consciências assinala hoje o Dia Internacional da Educação. O universo da educação é muito provavelmente o reúne maior número de especialistas. Raramente se encontra alguém que não tenha opiniões bem firmes sobre qualquer assunto em matéria de educação. Aliás, também não é raro que especialistas de outras áreas científicas falem de ciências da educação recorrendo a aspas e produzam com a maior facilidade discursos pejorativos generalizados sobre pessoas/instituições que estudam e trabalham durante décadas em educação.
De facto, para muita gente, educação não é matéria de saber,
é matéria de opinião e portanto … opinam.
Por coincidência estamos em plena campanha para eleições
legislativas. Como cidadão que procura manter-se informado tenho acompanhado alguns
debates e iniciativas, sobretudo quando são os líderes partidários a
participar.
A questão é que lamentavelmente a educação tem estado arredada
da agenda, certamente pelo sua pouca importância na vida e no futuro das comunidades.
À excepção da discussão sobre o eventual impacto da pandemia e das restrições
na vida escolar poucos aspectos interiores à educação têm merecido intervenções
estruturadas e programáticas na campanha eleitoral.
A verdade é que, sou suspeito na afirmação (também tenho a
minha agenda), a educação, o sistema educativo, o desenvolvimento das pessoas e
das comunidades, a qualificação dos cidadãos são o motor do desenvolvimento e
com impacto muito significativo em todas as áreas da vida em comunidade.
É verdade que não estranho, mas ainda assim parece-me um
péssimo sinal.
Uma nota para a entrevista de José Pacheco ao DN. Julgo que
vale a pena ler mesmo que tenhamos muitas ou poucas discordâncias com as
afirmações.
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