Na edição de fim-de-semana do I
encontra-se um impressivo trabalho sobre uma realidade distante para muitos de
nós e extraordinariamente complexa para alguns outros, a sexualidade na vida das
pessoas com deficiência.
Julgo ser fundamental a
visibilidade destas matérias, trata-se de uma questão muito importante,
respeitante a direitos, qualidade de vida e felicidade de muitos milhares de
pessoas.
É ainda importante desfazer um
enorme equívoco, sexualidade na deficiência, a sexualidade na vida das pessoas
com deficiência, não é a mesma coisa que deficiência na sexualidade. A
experiência e alguns estudos dizem-me que este equívoco está também presente em
discursos e atitudes de famílias e técnicos para além da comunidade em geral. Recordo
iniciativas do movimento, Sim, Nós Fodemos, que se bate por desmistificar a
sexualidade nas pessoas com deficiência e desde 2015 quando que organizou no
Porto uma Conferência sobre este universo.
É ainda necessário divulgar o
conhecimento e a reflexão sobre estas matérias apesar da sua enorme
complexidade, que, aliás, as pessoas mais próximas dos problemas, pais,
técnicos e as próprias pessoas, reconhecem.
É certo que para muitos de nós os
problemas que afectam as minorias são … problemas minoritários pelo que não nos
afectam. No entanto, como tantas vezes afirmo, os níveis de desenvolvimento de
uma sociedade também se aferem pela forma como lida com os problemas de grupos
sociais minoritários.
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