Uma referência a um trabalho
realizado pelo ISPA - Instituto Universitário que em linha com diferentes
estudos no mesmo universo sugere o aumento do sentimento de solidão entre os jovens que passam mais tempo “ligados” nas redes sociais.
De facto, são múltiplos os
estudos que evidenciam indicadores desta natureza o que pode ser considerado
mais um sinal dos tempos. No entanto e por isso mesmo, importa estar atento ao
tempo excessivo e aos riscos associados a este comportamento.
A propósito do sentimento de
solidão, de há muitos anos que se sabe que não se cresce só, cresce-se na
relação com pares e adultos. É por isso que, embora entenda a expressão, ouvir
chamar a este tempo, o tempo da comunicação, me faz sorrir, acho mais
apropriado considerá-lo o tempo do estar só ou a assistir à solidão dos outros.
As redes sociais, justificando a
sua designação, acabam por aproximar os “sós” ou potenciar os riscos da sua
fragilidade.
Apesar deste aparato
comunicacional e sem querer minimizar os óbvios e imensos lados positivos deste
fenómeno creio, no entanto, que muitas crianças e adolescentes, mas também
muitos adultos, mascaram a solidão em que vivem e que, alguns, sentem, através,
por exemplo, da troca de centenas de SMS que, em algumas circunstâncias, são
mais SOS que SMS, ou seja, no fundo dirão "Sinto-me Muito Só e tu?"
Creio que precisamos de estar
mais atentos para que o mundo da comunicação através de SMS, ou das redes
sociais da net, não substitua o mundo da comunicação real, entre pais e filhos,
por exemplo, ou entre as pessoas de uma forma geral. Os riscos, conforme o estudo citado acima, são claros.
Sem comentários:
Enviar um comentário