Fica a referência a mais uma
pequena colaboração numa peça dedicada a um dos temas educativos do momento, a “Supernanny”.
Agora no Público com a Bárbara Wong.
Não quero ser demasiado optimista
mas talvez toda esta polémica possa contribuir para devolver alguma serenidade
à educação familiar, algo que em muitas famílias parece ser um bem escasso. Já
agora seria também desejável que a serenidade se estendesse aos contextos
escolares.
Talvez possamos perceber que na
verdade não precisamos de “superpais”, “superfilhos” ou “superprofessores” tal
como não precisamos de discursos inconsequentes sobre a culpa ou inquietantes
como a falta de “pedagogia do chinelo” tão referida nas caixas de comentários dos
jornais.
Precisamos de pais confiantes,
seguros, com tempo para o serem, com diálogo com outros pais e com apoios para
as dificuldades que surgem e são naturais, os miúdos não vêm com “manual de
instruções” e “times they are a-changing’”, também nas famílias.
Precisamos de professores
competentes, apoiados por colegas, directores e tutela, valorizados e reconhecidos
profissional e socialmente e que contem com apoio para as dificuldades.
Precisamos de crianças que
cresçam rodeados pela combinação certa de tempo. afecto, regras e limites que as
ajudem a um desenvolvimento saudável e autónomo. Não precisam de ser excelentes a tudo nem cumprir uma agenda intoxicante de actividades fantásticas.
É pedir muito?
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