Provavelmente devido ao que
costumo designar por “Síndroma Pós-ministerial” os ex-ministros
tendem a surpreender-nos defendendo com frequência posições ou produzindo
afirmações de sentido completamente diferente à sua actuação enquanto
ministros.
Nuno Crato veio dar mais um
exemplo. Foi ministro de um Governo que foi um “bom aluno” e de uma
subserviência ao diktat da troika que embaraçava. Ontem, num debate no Grémio
Literário, afirmou ter “a pior opinião possível sobre a Comissão Europeia”.
Notável. Talvez pudesse ter dito alguma coisa na altura, não? Ah, pois, mas não
pode ser, eles é que mandam. Claro, os bons alunos são assim.
De resto e no que toca à
educação, continua a reclamar a paternidade face aos resultados dos PISA sem
que os testes de paternidades confirmem a sua exclusiva responsabilidade,
refirma a excelência da sua política centrada em resultados, “a examocracia”, a
criação de uma via vocacional precoce ao arrepio das boas práticas e orientações
internacionais e a diabolização dos sindicatos de professores.
Nada de novo.
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