quarta-feira, 31 de maio de 2017

DO LIXO EM QUE ESTAMOS

Um alto responsável da agência de “rating” Standard and Poor's afirmou em Portugal que “A recuperação da economia portuguesa é impressionante, mas ainda é preciso perceber se é sustentável". Assim sendo será preciso muita prudência para nos tirar do “lixo”. É impossível escrever isto sem um sobressalto, é indigno.
Face a esta prudência e reserva talvez fosse de recordar que a Standard and Poor's notou com o máximo, AAA, o Lehman Brothers dias antes do seu colapso em 2008 com as consequências que bem conhecemos. Naturalmente que à agência que promoveu tão rigorosa e sustentada avaliação não aconteceu nada, não foi prudente, não avaliou “provas”, a nós e a muitos milhões de outras pessoas a quem tudo é cobrado, acontece tudo.
Para essa gente, nós, portugueses, também somos e continuamos lixo, os nossos bancos são lixo, as nossas empresas são lixo, enfim, vamos esperando pela reciclagem de que os abutres ditam as regras e com as quais continuarão a sacar.
Estas agências são cabeças de um polvo que as alimenta e que delas se alimenta, transformam países em lixo, empresas em lixo, bancos em lixo com critérios que, frequentemente, nem os especialistas entendem mas que a alguém certamente servem.
Como diz o povo, só à vassourada, mas não é só no lixo, é nos abutres que nos transformam e tratam como lixo.

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