sexta-feira, 12 de maio de 2017

DA FÉ, DO DESESPERO E DO ... TENHA PACIÊNCIA, JÁ NÃO CABE

A visita do Papa Francisco é, naturalmente, uma matéria incontornável e de uma multiplicidade de implicações e acontecimentos notável.
Uma peça do público com o título, "Só queria que o Papa pusesse o meu filho a falar", aborda os que por razões de saúde ou condição de necessidades especiais procuram uma bênção do Papa que os recupere ou alivie. O título do jornal é elucidativo.
Alguns depoimentos na peça mostram a força e o lado trágico da fé e do desespero perante a qual qualquer esforço de racionalidade é difícil.
O que me deixou verdadeiramente entre o perplexo e o embaraçado foi saber que “apenas” 600 pessoas terão acesso à bênção do Papa Francisco. Devido ao elevado número de pessoas que pretendia tal graça uma equipa de 24 médicos e 26 enfermeiros observa o candidato a abençoado, analisa a documentação que comprova o a sua condição e autoriza, ou não, um lugar entre os eleitos. Lê-se ainda que este processo levará horas, estamos a falar, em princípio, de pessoas altamente fragilizadas.
Face a isto ainda tentei num esforço de racionalidade, aqui sim, entender que o espaço será finito mas … não chega.
Também aqui teremos o povo eleito, os abençoados.
Os outros, os outros também são povo de Deus, mas de um Deus menor.
Certamente não estranharão.
É a vida de muitos deles, sempre à porta.

1 comentário:

não sei quem sou... disse...

Até no reino dos "DEUSES" existe burocracia!


VIVA!