A visita do Papa Francisco é,
naturalmente, uma matéria incontornável e de uma multiplicidade de implicações e
acontecimentos notável.
Uma peça do público com o título,
"Só queria que o Papa pusesse o meu filho a falar", aborda os que por
razões de saúde ou condição de necessidades especiais procuram uma bênção do
Papa que os recupere ou alivie. O título do jornal é elucidativo.
Alguns depoimentos na peça
mostram a força e o lado trágico da fé e do desespero perante a qual qualquer esforço de racionalidade é difícil.
O que me deixou verdadeiramente entre
o perplexo e o embaraçado foi saber que “apenas” 600 pessoas terão acesso à
bênção do Papa Francisco. Devido ao elevado número de pessoas que pretendia tal
graça uma equipa de 24 médicos e 26 enfermeiros observa o candidato a
abençoado, analisa a documentação que comprova o a sua condição e autoriza, ou
não, um lugar entre os eleitos. Lê-se ainda que este processo levará horas,
estamos a falar, em princípio, de pessoas altamente fragilizadas.
Face a isto ainda tentei num
esforço de racionalidade, aqui sim, entender que o espaço será finito mas … não chega.
Também aqui teremos o povo eleito,
os abençoados.
Os outros, os outros também são povo de Deus,
mas de um Deus menor.
Certamente não estranharão.
É a vida de muitos deles, sempre
à porta.
1 comentário:
Até no reino dos "DEUSES" existe burocracia!
VIVA!
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