sábado, 16 de maio de 2015

DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA E O FUTURO

Como vos disse ontem fui até Viseu participar num encontro sobre a "Educação inclusiva, o desafio do futuro".
Quem por aqui passou terá reparado nas minhas dúvidas sobre o que dizer num tempo tão pouco amigável para os princípios da educação inclusiva, ou seja, amigáveis para todos os miúdos e jovens. Existem razões para algum optimismo ou devemos preparar-nos para o acentuar da guetização, seja em espaços curriculares, seja em espaços físicos, dentro ou fora das escolas, que os empurram para níveis de participação nas actividades das comunidades educativas a que por direito pertencem?
De volta, devo dizer que encontrei umas dezenas de pessoas preocupadas com o rumo da educação e escola públicas em Portugal, dispostas a bater-se por uma escola para todos.
No entanto, a experiência e a atenção ao que vai emergindo e acontecendo, o que se desenha no sentido de atribuir as responsabilidades de apoios e serviços educativos em plena escolaridade obrigatória a estruturas e entidades exteriores às escolas continua a ser para mim uma fonte importante de preocupação com o rumo que a educação está tomar e irá tomar nos próximos tempos.
De um aspecto não tenho a menor dúvida, aconteça o que acontecer tudo será feito em nome da inclusão, sempre em nome da inclusão.
Volto a Almada Negreiros,  e à "Cena do Ódio" onde se encontra a referência "a Pátria onde Camões morreu de fome e onde todos enchem a barriga de Camões".
Assim se vai passando com a Inclusão, retórica.

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