"Maria Luís Albuquerque quer "tornar-se irrelevante""
A retórica política oferece com regularidade algumas "pérolas" curiosas, por assim dizer. Recentemente tivemos o "conto para crianças", a referência de Passos Coelho sobre as eleições gregas e a comparação estabelecida por Nuno Crato entre a Prova de Avaliação dos docentes e os exames de condução.
A Ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, afirmou ontem que quer "tornar-se irrelevante", seria o sinal de que tudo estaria bem.
Percebe-se a ideia mas acontece que a Ministra das Finanças não vai a tempo de se tornar "irrelevante". O rasto causado por anos de um programa de austeridade "over troika" é de tal modo devastador para tantas famílias na pobreza com muitos milhares de desempregados, para muitos milhares de empresas que faliram, para centenas de milhar de portugueses que partiram sem futuro por cá, para um SNS nos limites e sem capacidade de resposta, para uma escola e ensino publico, do básico ao superior a sofrer um fortíssimo desinvestimento, etc. etc. não lhe permitirão conquistar a "irrelevância".
A realidade não é a projecção dos nossos desejos.
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