terça-feira, 25 de janeiro de 2011

MAIS UM TIJOLO NA PAREDE

Um destes dias, em mais uma conversa entre pais veio à baila, como sempre, as diferenças que existem entre os miúdos e a forma intuitiva como os pais com mais do que um filho referem o facto de tratá-los de forma diferente por uma razão bastante complexa e sofisticada, são diferentes. Numa ocasião, uma mãe dizia qualquer coisa como, "os filhos são como os dedos da mão, são todos irmãos mas são todos diferentes". Muitas vezes acontece que depois de assumirem a diferença no tratamento dos filhos, sentem a ingénua necessidade de afirmar que apesar disso gostam de todos da mesma maneira.
Quanto mais oiço estas afirmações dos pais, na sua esmagadora maioria, educadores amadores, ou seja, apenas educam os seus filhos tendo outras profissões, mais me continua a espantar os discursos muito presentes entre os educadores profissionais afirmando que na escola devem tratar os miúdos todos da mesma maneira.
De facto, é, no mínimo curioso, pais não estudiosos das coisas da educação percebem que miúdos na mesma casa, com os mesmos pais, têm de ter um tratamento diferenciado pela simples razão de que são diferentes e os educadores que recebem na escola miúdos dos mais diversos contextos familiares e sociais, entendam que os devem tratar da mesma maneira e ainda chamam a isso justiça.
Lembro-me sempre do velho tema dos Pink Floyd, "Another Brick in the Wall" e da linha de montagem mostrada no respectivo video clip, recordam-se certamente, em que na fábrica as crianças eram produzidas todas iguais.
Daí o título.

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