sábado, 8 de janeiro de 2011

A INJUSTIÇADA CLASSE

A pré-campanha eleitoral para as presidenciais tem constituído um, mais um, bom exemplo da qualidade do clima político em Portugal. Também ontem, em cerimónia de carácter político, uma ilustre desconhecida na classe política portuguesa, a Dra. Manuela Ferreira Leite, lançou um violentíssimo ataque à classe política da qual me pareceu sentir-se excluída na linha daquela posição que nos é tão típica, referimo-nos a "eles", nunca se trata do "nós". Nós, é claro, não somos como "eles", somos melhores, até mesmo perfeitos.
Como é óbvio, este clima só contribui para colocar ainda mais no fundo a confiança e a consideração pela classe que dirige, ou pretende dirigir, os destinos do país. Sou dos que também utilizo com alguma frequência um discurso negativo sobre as lideranças. Creio que não estou só, os estudos no âmbito da sociologia mostram que para o cidadão comum a confiança na classe política anda pelas ruas da amargura. Estaremos certamente errados, até porque o mais eclético e isento dos opinadores profissionais, o iluminado tudólogo Pacheco Pereira, considera demagógico e populista o ataque aos políticos. Como o Natal, época de concórdia, ainda está próximo, aceito que a minha apreciação possa ser imponderada, desajeitada, populista ou demagógica e, por isso, injusta e imerecida. Assim, em jeito de expiação, proponho-vos um texto interactivo que terão a gentileza de completar com as referências que entenderem por bem.
Enquanto cidadão, quero expressar formalmente o meu reconhecimento a todos aqueles que:
. Depois de carreiras profissionais de sucesso e reconhecidas pela comunidade, entendem colocar essa experiência ao serviço do bem comum, como por exemplo, …
. Não ascenderam a lugares políticos tendo como único currículo uma carreira exclusivamente dentro do aparelho dos partidos, começando logo nas jotas como, por exemplo, …
. Não utilizaram o desempenho de cargos políticos para acederem a colocações profissionais, às quais nunca teriam acesso se não tivessem um passado político como, por exemplo, …
. Fazem do desempenho político uma prova de seriedade sem demagogias ou falsas promessas como, por exemplo, …
. Reconhecem tão facilmente um erro seu, como a virtude de outra opinião ou ideia como, por exemplo, …. Recusam utilizar o peso político para benefício pessoal, ou dos que lhe estão próximos, e promovem a utilização de critérios transparentes assentes no mérito como, por exemplo, …
. Entendem que na história fica a obra e não o autor como, por exemplo, …
. Nunca se esquecem que os eleitores são pessoas e não votos como, por exemplo, …
. Resistem à pressão dos sindicatos de interesses que conflituam com o bem comum como, por exemplo, …
Se quiserem ter a generosidade de partilhar as vossas escolhas, poderia ser interessante.

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