terça-feira, 1 de setembro de 2009

UM MÍNIMO DE DIGNIDADE

Vai, espera-se, iniciar-se o período de negociação relativo à revisão do salário mínimo nacional. O acordo assinado em sede de concertação Social prevê 500 € para 2011 que os representantes dos empregadores consideram mais uma indicação que um compromisso. Para 2010 o programa eleitoral do PS prevê aumento sem o quantificar e o do PSD, como “programa contido” e “minimalista”, nem refere a questão.
A CGTP desencadeou o processo com uma proposta de passar os actuais 450 € para 475 € ao que algumas confederações dos empregadores, indústria e turismo, já responderam como inaceitável.
Portugal tem um dos mais baixos salários mínimos da zona euro. Certamente para compensar, tem alguns bens entre os mais caros.
Sabemos que as circunstâncias são complicadas e que estabelecer equilíbrios entre manter o emprego e aumentar os salários não é fácil, mas estamos a falar de cerca de 475 € para cerca de 365 000 pessoas.
Este salário mínimo dificilmente sustenta a vida de alguém, de alguma família, com um mínimo de dignidade. Urge a coragem de diminuir as assimetrias sociais.

Sem comentários: