Manda a organização dos processos eleitorais que o dia antes se dedique à reflexão. O day after dedicar-se-á ao “e agora?”. Mas deixemos o futuro para depois, como deve ser.
Tratemos então de reflectir. Creio que a maioria das pessoas que irá votar já decidiu em quem, provavelmente, a dúvida estará em ir votar, ou não. Veremos o resultados, quem ganha, que tipo de vitória e o nível de abstenção.
De qualquer forma, julgo que cenário político entre nós, incluindo, a campanha eleitoral deveria merecer séria reflexão.
Importa reflectir, por exemplo, porque é que esta campanha eleitoral foi, do meu ponto de vista, uma das de mais baixo nível de discurso político da nossa história recente. Nem os crispados anos políticos de 70 e início de 80 com discussões de forte carga ideológica produziram campanhas eleitorais tão despudoradas de princípios, carregadas de ataques pessoais e de “trabalho sujo” para substituir a discussão de ideias e projectos como esta.
Não me lembro de uma campanha eleitoral em que tantas referências se direccionassem para comparações, quase sempre disparatadas, com o passado em vez de assumirem propostas para o futuro.
Nestas eleições cerca de 700 000 jovens poderão votar pela primeira vez. Como terão visto os últimos meses da vida política em Portugal? Como terão entendido os discursos em que eles, o futuro, só na retórica parecem ser lembrados?
Também me parece que vai sendo tempo de reflectir se o modelo actual de organização da actividade política, alimentador da partidocracia instalada e inibidor da participação cívica fora dos aparelhos partidários, é o que melhor se adequa à construção de sociedades modernas, abertas, participativas e preocupadas com a vida colectiva.
Tratemos então de reflectir. Creio que a maioria das pessoas que irá votar já decidiu em quem, provavelmente, a dúvida estará em ir votar, ou não. Veremos o resultados, quem ganha, que tipo de vitória e o nível de abstenção.
De qualquer forma, julgo que cenário político entre nós, incluindo, a campanha eleitoral deveria merecer séria reflexão.
Importa reflectir, por exemplo, porque é que esta campanha eleitoral foi, do meu ponto de vista, uma das de mais baixo nível de discurso político da nossa história recente. Nem os crispados anos políticos de 70 e início de 80 com discussões de forte carga ideológica produziram campanhas eleitorais tão despudoradas de princípios, carregadas de ataques pessoais e de “trabalho sujo” para substituir a discussão de ideias e projectos como esta.
Não me lembro de uma campanha eleitoral em que tantas referências se direccionassem para comparações, quase sempre disparatadas, com o passado em vez de assumirem propostas para o futuro.
Nestas eleições cerca de 700 000 jovens poderão votar pela primeira vez. Como terão visto os últimos meses da vida política em Portugal? Como terão entendido os discursos em que eles, o futuro, só na retórica parecem ser lembrados?
Também me parece que vai sendo tempo de reflectir se o modelo actual de organização da actividade política, alimentador da partidocracia instalada e inibidor da participação cívica fora dos aparelhos partidários, é o que melhor se adequa à construção de sociedades modernas, abertas, participativas e preocupadas com a vida colectiva.
1 comentário:
O teu último parágrafo resume tudo. Evidentemente que a Partidocracia fechou obscenamente a porta à sociedade civil e a participações parlamentares dela emergentes. Tudo isso terá de mudar a fim de que se inocule dinamismo e verdade entre representantes políticos e cidadãos. Só assim Portugal será mais.
O salvadorismo messianista centrado na mediocridade socratina é um perigo a erradicar antes de mais. Contra a claustrofobia democrática, votar, votar.
Abraço
joshua
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