terça-feira, 22 de setembro de 2009

POUPANÇAS

Neste olhar diário sobre a realidade, parece difícil fugir ao alarido da campanha eleitoral agora temperada com a saída do assessor do Presidente da República. Creio que esta campanha tem sido um terreno apetitoso para essa emergente classe profissional, os politólogos, que juntos aos já existentes opinadores profissionais e amadores ganharam uma presença e um espaço notáveis. Eu, como uma parte significativa da população portuguesa, começo a ter dificuldades em estar atento e interessado numa circunstância que é obviamente importante, campanha eleitoral, mas que se tem transformado num carrossel de incidentes, ataques, insultos, ausência de ideias, etc. Cansa.
Por isso, para hoje, uma referência a uma nota inserta no CM que creio interessante. Não sou especialista em economia, parece que também não adianta muito, a ver o que fizeram para nos trazer até à crise, e por isso não sei que consequências pode ter, mas julgo interessante saber que as poupanças dos portugueses têm vindo a aumentar 33 milhões de € ao dia no último ano, apesar ou, provavelmente, devido à crise.
Como dizia, pode acontecer que a poupança possa implicar menor consumo das famílias, portanto, menor investimento com repercussões no relançamento da economia.
No entanto, também penso que aproveitar a crise para refrear uma onda de consumismo excessivo em que tudo é breve e descartável é uma correcção positiva, do meu ponto de vista, a um estilo de vida instalado.
Assim as elites políticas se envolvessem nesta onda de poupança e nos poupassem ao indecoroso espectáculo que por aí vai e que não acaba a 27 de Setembro, seguem-se as autárquicas e tudo o resto, o habitual no Portugal dos pequeninos.

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