Ontem, enquanto comprávamos umas castanhas a dois miúdos, irmãos, que tinham sido alunos do meu amigo Fernando na, entretanto fechada, escola do 1º ciclo de S. Bento da Porta Aberta, no Gerês, um dos gaiatos falava do professor como um que os “tinha marcado”. Achei curiosa a expressão vinda de alguém que ainda não leva mais do que quinze anos de estrada e veio ao encontro do que muitas vezes afirmo.
Todos sabemos a importância imprescindível dos saberes escolares e, portanto, da crucial responsabilidade que os professores assumem no processo de aprendizagem desses saberes por parte dos alunos. A esmagadora maioria dos professores é competente e empenhada nesse trabalho, procurando desenvolvê-lo com qualidade, rigor e eficácia sem facilitismos, como agora se diz.
No entanto, quando qualquer de nós faz um esforço para recuperar lembranças positivas sobre os professores, poucos ou muitos, com que nos cruzámos durante o nosso trajecto escolar, creio que quase todos nos lembramos de professores que continuam na nossa lembrança não só pelos saberes escolares que nos ajudaram a adquirir mas, sobretudo, por aquilo que representaram e foram para nós ou, como diria o Rui, lá do Gerês, pela forma como nos marcaram.
Por isso, muitas vezes digo que os professores, tanto quanto ensinar o que sabem, ensinam o que são, ou seja, existem muitos que nos ensinam coisas, o que é bom e indispensável, mas nem todos permanecem com a gente.
Nesta altura que se inicia mais um ano lectivo que se espera mais tranquilo que o anterior, é fundamental que esta dimensão mais ética e afectiva do ensino seja assumida, valorizada e estimulada para que os miúdos possam, posteriormente, falar dos professores que os marcaram e que, por essa razão, continuaram com eles.
Todos sabemos a importância imprescindível dos saberes escolares e, portanto, da crucial responsabilidade que os professores assumem no processo de aprendizagem desses saberes por parte dos alunos. A esmagadora maioria dos professores é competente e empenhada nesse trabalho, procurando desenvolvê-lo com qualidade, rigor e eficácia sem facilitismos, como agora se diz.
No entanto, quando qualquer de nós faz um esforço para recuperar lembranças positivas sobre os professores, poucos ou muitos, com que nos cruzámos durante o nosso trajecto escolar, creio que quase todos nos lembramos de professores que continuam na nossa lembrança não só pelos saberes escolares que nos ajudaram a adquirir mas, sobretudo, por aquilo que representaram e foram para nós ou, como diria o Rui, lá do Gerês, pela forma como nos marcaram.
Por isso, muitas vezes digo que os professores, tanto quanto ensinar o que sabem, ensinam o que são, ou seja, existem muitos que nos ensinam coisas, o que é bom e indispensável, mas nem todos permanecem com a gente.
Nesta altura que se inicia mais um ano lectivo que se espera mais tranquilo que o anterior, é fundamental que esta dimensão mais ética e afectiva do ensino seja assumida, valorizada e estimulada para que os miúdos possam, posteriormente, falar dos professores que os marcaram e que, por essa razão, continuaram com eles.
2 comentários:
É bem verdade que a maioria de nós tem sempre os professores que nos marcaram, quer seja pelas melhores ou pelas piores razões. Lembro-me da minha Professora da primária, a mítica Dona Ondina... Fiquei desde sempre e para sempre com a ideia que esta Professora marcou, todos os seus alunos. Batia-nos bastante, e não com palmadinhas de amor, mas com "carolos", socos na cabeça com os "cachuchos" de ouro que orgulhosamente carregava, puchões de orelhas, chapadas das boas... à antiga portanto, já que também tinhamos que saber os rios e os caminhos de ferro! Depois desse tempo aprareceram mais um ou outro... O Grande Professor Jaime, de Filosofia, já no liceu D. Dinis... adorado por todo o ghuetto!
Mas foi na faculdade (quem diria?), que encontrei os mais marcantes, as eternas referências como lhes chamo. E às vezes ponho-me a pensar com uma leve tristeza, das saudades que terei de os ouvir durante as aulas... E depois lembro-me que, pelo menos uma dessas eternas referências, tem um blog. Posso sempre lê-lo e imaginar ao mesmo tempo o seu autor esparramado numa qualquer cadeira a discursar...E volto a sorrir.
Um abraço
Generosidade sua companheiro
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