Era uma vez um homem, chamava-se Estranho, isto é, as pessoas achavam que ele era Estranho. Quando chegou àquela terra onde nunca tinha estado, não conhecia ninguém e ninguém o conhecia, o homem vinha para descansar da estrada grande que já tinha andado. Passava algum tempo no café da terra a ler os jornais ou um livro, trazia sempre um consigo, e quando alguém falava com ele, o que acontecia poucas vezes, respondia simpaticamente mas usava algumas palavras diferentes das palavras usadas pelas outras pessoas. O Estranho quando conversava sobre alguma coisa também, por vezes, não pensava da mesma maneira que as pessoas daquela terra que falavam com ele.
O Estranho deitava-se sempre tarde, os vizinhos comentavam como as luzes da casa pequena que tinha alugado ficavam acesas pela noite dentro. Ele dizia que ficava muito tempo a ler mas, para admiração das pessoas, era dos primeiros a vir para a rua. Gostava do cheiro da madrugada, dizia ele, é Estranho, pensavam os vizinhos.
As pessoas relacionavam-se com o Estranho com alguma reserva e ele mantinha-se sempre com os livros, as suas falas, às vezes estranhas, e com ideias diferentes.
Um dia o Estranho, bem cedo, foi visto com a mala a apanhar o comboio e não voltou. Mais.
As pessoas da terra ficaram aliviadas, no fundo era um Estranho. E o Estranho fez-se de novo à sua estrada, agora já mais longa. Ainda não era naquela terra que ficaria a descansar.
O Estranho deitava-se sempre tarde, os vizinhos comentavam como as luzes da casa pequena que tinha alugado ficavam acesas pela noite dentro. Ele dizia que ficava muito tempo a ler mas, para admiração das pessoas, era dos primeiros a vir para a rua. Gostava do cheiro da madrugada, dizia ele, é Estranho, pensavam os vizinhos.
As pessoas relacionavam-se com o Estranho com alguma reserva e ele mantinha-se sempre com os livros, as suas falas, às vezes estranhas, e com ideias diferentes.
Um dia o Estranho, bem cedo, foi visto com a mala a apanhar o comboio e não voltou. Mais.
As pessoas da terra ficaram aliviadas, no fundo era um Estranho. E o Estranho fez-se de novo à sua estrada, agora já mais longa. Ainda não era naquela terra que ficaria a descansar.
Sem comentários:
Enviar um comentário