domingo, 27 de setembro de 2009

TEMOS OS RESULTADOS, FALTAM AS POLÍTICAS

Como não podia deixar de ser, uma nota sobre os resultados eleitorais. Sem qualquer estranheza, como é hábito ganharam todos.
O PS ganhou porque teve mais votos que os outros concorrentes e formará governo, os outros quatro partidos ganharam porque tiraram a maioria ao PS, sendo que Bloco, CDU (PC) e PP subiram em votação e em deputados. Desculpem, já me esquecia, os abstencionistas também ganharam. Aí está a gente feliz no país feliz.
No entanto, é útil não esquecer que as eleições se realizam como instrumento de aferição da vontade dos eleitores para que, caso não haja maioria absoluta, o partido mais votado, só, coligado ou com acordos pontuais forme um governo, defina um programa político que, depois de aprovado na Assembleia da República, se traduzirá nas medidas políticas que nos guiarão nos próximos quatro anos.
Esta é que é, do meu ponto de vista, a questão essencial, que políticas? Face ao que foi esta legislatura e os discursos de campanha as dúvidas são mais que muitas. Mudar ministros é irrelevante, mudar de estilo é forma não é conteúdo. A substância é que políticas, que prioridades. E sobre isso sabemos muito pouco.
Apenas temos uma certeza, que, apesar de tudo é importante. Sejam quais forem as políticas terão de passar por negociação. Continuará tudo na mão dos partidos, dos respectivos aparelhos, mas inibe tentações de autoritarismo e tiques de absolutismo.

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