A “comunicação ao país” do Presidente Cavaco Silva ansiosamente esperada por imperiosa necessidade de esclarecimento do famoso “caso das escutas” implodiu. Em primeiro lugar, ainda não foi desta vez que o Presidente surpreendeu o país, isto é, continuou a comunicar sem dizer nada. Usando a fórmula notável e para mim imperceptível de falar de si na terceira pessoa acusou alguns elementos do PS de o tentar “encostar” ao PSD e descobriu ontem que os computadores da presidência são vulneráveis. Os comentaristas dos partidos, de todos os partidos, ao serviço da pequena política e à falta de substância da comunicação mostraram, sem excepção, uma “fortíssima preocupação” com o facto dos computadores da presidência apresentarem “vulnerabilidades”. Vejamos algumas notas sobre vulnerabilidades.
No que diz respeito às vulnerabilidades informáticas, qualquer utilizador minimamente informado saberá dizer que não existem computadores virtualmente “invulneráveis”. Qualquer computador em qualquer parte do mundo não tem garantida a inviolabilidade. Assim sendo, resta tentar que os dispositivos de protecção sejam o mais eficazes possíveis e que a utilização seja prudente e com dispositivos ela própria de protecção, como linguagem codificada, por exemplo.
Mas no que respeita a vulnerabilidades, estou bem mais preocupado com as vulnerabilidades económicas de uma boa parte dos portugueses. Estou preocupado com a vulnerabilidade do sistema de justiça. Estou preocupado com as vulnerabilidades e os riscos que afectam boa parte das crianças em Portugal. Estou preocupado com as vulnerabilidades do sistema educativo ainda com taxas altas de abandono e insucesso escolar. Estou preocupado com a vulnerabilidade do Sistema Nacional de Saúde que afecta milhares de cidadãos. Estou preocupado com as vulnerabilidades criadas pelo desemprego. Estou preocupado com a vulnerabilidade do da cena política actual que a expõe à mediocridade e aos jogos de poder de parte substantiva da classe política.
Vamos lá a coisas sérias.
No que diz respeito às vulnerabilidades informáticas, qualquer utilizador minimamente informado saberá dizer que não existem computadores virtualmente “invulneráveis”. Qualquer computador em qualquer parte do mundo não tem garantida a inviolabilidade. Assim sendo, resta tentar que os dispositivos de protecção sejam o mais eficazes possíveis e que a utilização seja prudente e com dispositivos ela própria de protecção, como linguagem codificada, por exemplo.
Mas no que respeita a vulnerabilidades, estou bem mais preocupado com as vulnerabilidades económicas de uma boa parte dos portugueses. Estou preocupado com a vulnerabilidade do sistema de justiça. Estou preocupado com as vulnerabilidades e os riscos que afectam boa parte das crianças em Portugal. Estou preocupado com as vulnerabilidades do sistema educativo ainda com taxas altas de abandono e insucesso escolar. Estou preocupado com a vulnerabilidade do Sistema Nacional de Saúde que afecta milhares de cidadãos. Estou preocupado com as vulnerabilidades criadas pelo desemprego. Estou preocupado com a vulnerabilidade do da cena política actual que a expõe à mediocridade e aos jogos de poder de parte substantiva da classe política.
Vamos lá a coisas sérias.