segunda-feira, 17 de agosto de 2009

UM PAI BRINCALHÃO

Na prainha matinal que os últimos dias de férias autorizam e enquanto me actualizava, acredito, com a leitura do jornal assisti a uma cena curiosa.
Chegou uma família, pai, mãe e três filhos, a mais velha pelos oitos anos, creio.
Depois de acomodada a tralha e besuntados os corpos com o inevitável protector, o pai, atento e disponível como devem ser os pais, pega nos apetrechos de praia e convida a miudagem para brincar. Cena bonita, acho eu, e que se concerta com a notícia que estava a ler sobre as crianças que se perdem na praia.
Entretanto, alguns minutos depois, o pai brincalhão começa a escavar um buraco bem grande na areia no qual se coloca a gaiata mais velha ficando bem tapada pelos ombros. Laboriosamente, o pai brincalhão abre outros dois buracos, mais pequenos, sorte a dele, para os dois mocinhos. E ali ficaram as três alminhas enterradas na areia.
O pai brincalhão olha para eles, olha para a mãe que descansava debaixo do chapéu e comenta, “vês como estão sossegados”. Ele disse isto a rir que eu vi.
Não há melhor que um pai brincalhão para sossegar os meninos na praia e evitar que eles desapareçam.

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