De há uns tempos a esta parte parece que o mundo acordou para as dificuldades que os pais sentem no seu trabalho de pais, um dia conversaremos sobre eventuais razões para este movimento. Com regularidade são publicadas obras, de origem nacional ou de fora, escritas sob diferentes perspectivas mas todas elas procurando ensinar-nos o ofício de pai, como lidar com birras, com os problemas dos adolescentes, com a escola e os seus problemas, como lidar com os filhos e com os amigos dos filhos, como comunicar com eles, como gerir os seus gostos e as suas crises, como agir nas férias, como ocupar os fins-de-semana, como dialogar em família, como perceber a “cabeça” dos mais novos, como definir regras e disciplina, que alimentação e estilos de vida, como ocupar os tempos livres, que actividades fazem melhor a quê, etc. etc. tudo escrutinado e analisado de modo a fornecer-nos, crê-se, um manual de instruções. A imprensa, em diferentes registos, acompanha a onda, em variadíssimas secções, colaborações e colunas de aconselhamento providenciam-nos receitas, dicas, sugestões exactamente com o mesmo efeito mas em versão telegráfica.
Curiosamente, este frenesim assenta, parece, na melhor das intenções, tornar-nos bons pais. Pela avalanche de ajuda parece que não estamos a conseguir e a experiência mostra-me que muitos pais se sentem assustados com alguns dos discursos que lhes são dirigidos, tanto quanto com algumas das dificuldades que, por vezes, sentem com os miúdos.
Começo a sentir que está fazer falta alguma tranquilidade e serenidade que devolvam aos pais confiança em si e na sua capacidade para exercerem bem o papel. Ser pai não é mobilizar de forma prescritiva um conjunto de “práticas” receitadas por tudo quanto é especialista. É melhor deixar que os pais falem e encontrem por si a forma de fazer. No fundo a maioria saberá como, precisa apenas de se sentir confiante e tranquilo. Os que verdadeiramente precisarão de ajuda serão bastante menos.
Não precisamos de super pais.
Curiosamente, este frenesim assenta, parece, na melhor das intenções, tornar-nos bons pais. Pela avalanche de ajuda parece que não estamos a conseguir e a experiência mostra-me que muitos pais se sentem assustados com alguns dos discursos que lhes são dirigidos, tanto quanto com algumas das dificuldades que, por vezes, sentem com os miúdos.
Começo a sentir que está fazer falta alguma tranquilidade e serenidade que devolvam aos pais confiança em si e na sua capacidade para exercerem bem o papel. Ser pai não é mobilizar de forma prescritiva um conjunto de “práticas” receitadas por tudo quanto é especialista. É melhor deixar que os pais falem e encontrem por si a forma de fazer. No fundo a maioria saberá como, precisa apenas de se sentir confiante e tranquilo. Os que verdadeiramente precisarão de ajuda serão bastante menos.
Não precisamos de super pais.
2 comentários:
Às vezes basta estar em casa.
Abraço
A.C.
Se me permite A.C., eu acrescentaria "e saber ouvir."
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