sábado, 1 de agosto de 2009

DISCREPÂNCIAS

O Primeiro-ministro reconheceu ontem a existência de algumas discrepâncias na legislação sobre a avaliação de professores. Não se estranha e é mesmo de louvar a coerência. Uma das bandeiras da acção governativa, afirmam os seus responsáveis, tem sido a coerência, eu acrescento, até na discrepância. Aliás, a discrepância é uma das marcas identitárias da política no Portugal dos Pequeninos.
Por exemplo, é fácil a verificar a discrepância entre a realidade que conhecemos e uma parte substantiva de alguns discursos governamentais sobre a mesma realidade.
Lembremo-nos da discrepância entre a “crise não nos afectará” e o estrondo com que ela nos caiu em cima. A uma dada altura até nos disseram que a crise teria acabado, os dias actuais mostram a discrepância.
No lado da oposição podemos considerar a existência de alguma discrepância entre as boçais afirmações de Alberto João Jardim e as posições da líder do PSD. Na mesma linha e como pequeno exemplo, pode também constatar-se os discrepantes discursos da Dra. Ferreira Leite sobre as políticas sociais, ora rasga, ora mantém, ou ainda a posição sobre Santana Lopes.
Parece também de sublinhar a discrepância entre a tranquilidade por todos os partidos afirmada na constituição das suas listas e a verdadeira guerra por um lugarzinho elegível para alguém. Bom exemplo desta situação parece ser a discrepante explicação do PS e de Joana Amaral Dias sobre a sondagem ou o convite.
Enfim, nada de novo, apenas as discrepâncias a que estamos habituados.

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