Em férias pode parecer de desmancha-prazeres um discurso sobre questões “chatas” e com sabor amargo mas é necessário. O DN de ontem que só hoje tive tempo para ler, trazia um trabalho muito interessante, ilustrado com várias situações reais, sobre as condições de vida dos idosos em Portugal.
Socorrendo-se de vários trabalhos de natureza sectorial, os autores concluem que para assegurar o “custo da velhice” de uma forma digna são necessários cerca de mil € mensais embora o custo da habitação e uma situação de dependência física, por exemplo, possam alterar significativamente o valor médio encontrado.
Por outro lado, dos cerca de 1 875 000 idosos em Portugal, 85% recebem uma reforma igual ou inferior 409 € e o valor médio da pensão é de 387 €, sendo que 218 000 pessoas recebem o complemento solidário com o valor médio de 100 €.
Como se percebe, a maioria das pessoas está fortemente dependente dos apoios da segurança social, de instituições de solidariedade social e das respectivas famílias. A gravidade das situações pode também variar face à existência de redes informais de solidariedade, relações de vizinhança por exemplo, bem como do acesso a alguns bens como uma hortinha mais facilmente encontrada em zonas de província.
De facto, atentando neste quadro, pouco adequado à época light que atravessamos, não podemos de nos inquietar como, no fim de uma vida muitas vezes dura quanto baste, a maior parte dos velhos continua sem descanso na luta pela sobrevivência com um mínimo de qualidade e, sobretudo, de dignidade.
O trabalho do DN intitulava-se “”Quanto custa ser idoso em Portugal” mas, mais apropriadamente, deveria ter como título “Quanto custa ser gente em Portugal”.
Socorrendo-se de vários trabalhos de natureza sectorial, os autores concluem que para assegurar o “custo da velhice” de uma forma digna são necessários cerca de mil € mensais embora o custo da habitação e uma situação de dependência física, por exemplo, possam alterar significativamente o valor médio encontrado.
Por outro lado, dos cerca de 1 875 000 idosos em Portugal, 85% recebem uma reforma igual ou inferior 409 € e o valor médio da pensão é de 387 €, sendo que 218 000 pessoas recebem o complemento solidário com o valor médio de 100 €.
Como se percebe, a maioria das pessoas está fortemente dependente dos apoios da segurança social, de instituições de solidariedade social e das respectivas famílias. A gravidade das situações pode também variar face à existência de redes informais de solidariedade, relações de vizinhança por exemplo, bem como do acesso a alguns bens como uma hortinha mais facilmente encontrada em zonas de província.
De facto, atentando neste quadro, pouco adequado à época light que atravessamos, não podemos de nos inquietar como, no fim de uma vida muitas vezes dura quanto baste, a maior parte dos velhos continua sem descanso na luta pela sobrevivência com um mínimo de qualidade e, sobretudo, de dignidade.
O trabalho do DN intitulava-se “”Quanto custa ser idoso em Portugal” mas, mais apropriadamente, deveria ter como título “Quanto custa ser gente em Portugal”.
Aqui está algo que deveria, obrigatoriamente, constar de qualquer programa eleitoral.
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