Nos tempos que vivemos será certamente considerado uma irrelevância.
Li no JN que a PSP decidiu 27 anos depois promover a presença de um polícia sinaleiro num dos mais movimentados cruzamentos de Castelo Branco. O agente, com
clássica farda tão conhecida dos mais velhos mostrou-se muito satisfeito com a
situação assim como alguns cidadãos ouvidos.
Confesso que fiquei um pouco detido nesta “irrelevância” que
sem saudosismo, mas com nostalgia me fez recordar o tempo dos polícias
sinaleiros também em Lisboa.
Não sei se são mais eficientes ou menos eficientes que os
semáforos. Gosto de acreditar que serão mais eficientes. No entanto, tenho a
certeza que a cidade fica mais humanizada.
Naqueles tempos de miúdo víamos os “cabeças de giz” como
lhes chamávamos, entre a provocação que numa dança em cima da peanha (ainda falta em Castelo Branco) e executada ao som de um estridente apito davam fluidez ao trânsito que também naquela altura tinha pouco a ver com os
tempos de hoje.
Já não se encontram polícias sinaleiros, tal como
limpa-chaminés ou varinas. Os amoladores a gaita que com que se anunciam e os guardas-nocturnos
também já raramente se encontram.
Não sei se é isto que se chama progresso, mas é a isto que se
chama memória.
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